Com a 1ª e a 2ª Revolução Industrial, a humanidade se deparou com a automação do trabalho manual e o surgimento de inúmeras inovações tecnológicas. No entanto, sem a administração consentânea desse conhecimento, tal modernização se torna prejudicial. Já no Brasil, vivencia-se essa premissa, haja vista que o país carece de uma segurança cibernética rígida, tal contratempo pode ser averiguado pelo agravo da insegurança de dados, a dilapidação da reputação de empresas e a ausência de profissionais capacitados para arcar com tais contratempos. É indubitável que o cotidiano brasileiro se encontra perpetuado de delitos pela rede, caracterizados por invasões de dados pessoais ou bancários para atividades ilícitas. Tal fato pode ser observado em roubos de informações de grandes empresas, como a Netshoes e a Playstation. Logo, o país perde gradativamente a salvaguarda de seus dados, uma vez que tais delitos ocorrem com frequência exorbitante. Nessa perspectiva, é importante ressaltar que, devido a extrema carência de profissionais habilitados na Segurança de Informação, milhares de sistemas se encontram com graves falhas e má estruturação de sua seguridade. Isso pode ser observado no Relatório Anual de Segurança 2014 da Cisco, que aponta um deficit de mais de um milhão de especialistas. Portanto, é perceptível que, sem uma quantidade adequada desses trabalhadores, torna-se impossível que haja um maior resguardo das informações no âmbito tecnológico. Sob essa ótica, diversas corporativas entram em colapso, perante o extravio de sua imagem pública. Logo, por desprover de uma forte estrutura de segurança em seus sistemas, o público acaba por não desejar se relacionar com determinado estabelecimento, temeroso de ser submetido a corrupção de seus dados. Desse modo, conforme Luther King afirma “ A injustiça em um lugar é uma ameaça a justiça em todo lugar. ”, portanto, pode-se averiguar que essas transgressões suscitam em uma reação em cadeia, já que inúmeras empresas perdem sua conceituação e confiabilidade devido a invasões de dados. Tendo tudo isso em mente, é imprescindível que haja uma intervenção do Governo, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), mediante o reforço das leis e punições rigorosas para crimes cibernético. Além disso, torna-se vital o incentivo para a formação de profissionais na Segurança de Informação, através de palestras e campanhas que visem transmitir a necessidade sofrida por esse campo.