Em 2016 foi proposto um novo modelo do ensino médio para o Brasil pelo governo federal, visando melhorias. Essa reforma apresenta uma série de alterações no modo de ensino como escolha da área de aprofundamento, as disciplinas obrigatórias e o aumento da carga horária . Certamente, o ensino médio necessita de mudanças, mas as que foram apresentadas não garantem avanços na educação. Ao conceder aos jovens o dever de escolher uma área que mudará sua vida, sem ao menos que eles conheçam efetivamente todas as alternativas é torná-los cidadãos ignorantes e agravar as desigualdades sociais do país. A formação de cada adolescente passaria a ser sem os conhecimentos diversos e básicos que atualmente o ensino médio tem. Como consequência, a aprendizagem se torna limitada e segregada, já que em cada área seria ensinado interesses diferentes. Além disso, aumentar a carga horária das escolas não significa aumentar o conhecimento dos alunos. A alteração de 800 para 1,4 mil horas por ano geraria exaustão e sobrecarga aos estudantes. Para muitos jovens não seria possível ter seus estudos efetivados em casa, realização de atividades extracurriculares, tempo de lazer, prática de exercícios físicos ou até mesmo tempo para ajudar em casa, que tem sua importância na vida de um jovem saudável . Logo, esse aumento não se mostraria os resultados esperados na reforma do ensino médio. Diante disso, o ensino médio precisa de outras mudanças que sejam eficazes. O Ministério da Educação deve exigir da BNCC - Base Nacional Comum Curricular - uma forma que o ensino médio tenha interligação entre matérias para que não haja segregação entre alunos. Além disso, a alteração da carga horária deveria ter horas reservadas para monitorias e estudos individuais, que assim, todos teriam seu tempo para estudo individual.