Dados analisados pelo IDEB, mostraram recentemente que a qualidade da educação no Brasil diminuiu. Com isso, o Presidente Michel Temer, aprovou a Medida Provisória (MP) que prevê mudanças no sistema atual do ensino médio. Essas alterações podem impactar, a longo prazo, os estudantes negativamente e aumentar a desigualdade educacional do país. A MP desenvolvida flexiona a grade curricular do aluno, ou seja, a ideia é que o mesmo possa escolher o que se estudar e se aprofundar, porém, não será exatamente dessa forma. As disciplinas serão divididas em cinco itinerários formativos, sendo como obrigação da escola oferecer no mínimo um deles. Portanto, isso poderá ocasionar, por exemplo, alguns estudantes saírem lesados, ficando sem a opção que desejam ou até mesmo, em desnível comparado a outro aluno de instituição diferente. Ainda, de acordo com a MP, apenas as matérias de português, matemática e inglês se tornam obrigatórias e devem ocupar 60% da grade curricular. A retirada das demais, sendo elas artes, sociologia, filosofia e educação física, que representam 40% e definidas como optativas, pode impactar na visão analítica do aluno, além de seu desenvolvimento. Aliás, outra medida que será aplicada é a liberação de professores sem diploma na área específica, apenas relacionada, poderem lecionar, o que torna duvidosa a proposta para solucionar o problema. É evidente que a educação brasileira precisa passar por mudanças, e para isso é necessário avaliar o ensino de forma que os alunos saiam das escolas preparados para o mundo a fora, e não apenas treinados a prestar vestibulares, ou apenas passarem de ano. A inserção de matérias como economia, primeiros socorros, empreendedorismo, entre outras, por exemplo, aplicadas por pessoas da área, deveriam ser analisadas e discutidas pelo Ministério da Educação, pois poderão auxiliar no desenvolvimento como pessoa, aprendendo a lidar com situações do dia a dia. Além do mais, todas as instituições deveriam ser obrigadas a oferecer opções para que nesse caso, o aluno pudesse realmente optar por aquilo que é de seu interesse. Portanto, a educação deve ser vista como porta de entrada para o conhecimento e evolução do estudante.