Enquanto cônsul francês, Napoleão Bonaparte destinou boa parte de seus investimentos à mudanças na educação francesa. No Brasil, a atual proposta de reforma do ensino médio, já aprovada e com aplicação prevista para daqui alguns anos, apresenta uma série de pontos baixos, que contribuirão para o sucateamento do conhecimento nas escolas e a promoção de uma geração alienada. Durante a apresentação de uma reportagem na televisão aberta brasileira, um jornalista confundiu-se ao citar uma doença de origem bacteriana como viral. Situações como essa poderão ser mais recorrentes com a mudança do ensino médio, visto que essa tornará certas matérias opcionais, como Biologia, na qual os alunos estudam, por exemplo, as doenças. Além disso, excluir a obrigatoriedade de áreas humanas, a exemplo História e Sociologia, cuja principal função é induzir o senso crítico e político dos indivíduos, criará uma sociedade alienada e conformada com o cenário do país. Ademais, a reforma irá aumentar, gradualmente, a carga horária de aulas de 800 horas para 1400 horas anuais. Assim, tornará os alunos menos motivados e interessados pelas aulas, ao mantê-los muitas horas por dia nas escolas. Também, a proposta deverá diminuir a excelência com a qual o conhecimento será passado aos alunos, ao permitir que professores sem diploma específico transmitam aulas. Portanto, a proposta nos moldes atuais não é interessante. Sendo assim, seria adequado que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incluísse, no currículo educacional, aulas de todas as disciplinas, mesmo que de maneira reduzida na área não escolhida pelo aluno. Também, os professores de Português, matéria obrigatória de acordo com a reforma, incentivados pelo Ministério da Educação, devem organizar seminários, para debater problemáticas do país, a fim de incitar a criticidade do indivíduo. Além disso, é indispensável que a população exija, através de manifestações e campanhas pela internet, a exclusão do quesito que permita professores sem formação profissional adequada e a diminuição da carga horária estimada pela reforma.