Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da Reforma do Ensino Médio

Redação enviada em 02/04/2017

Um homem, ao se deparar com um problema em sua vida, no qual sua decisão pode impactar profundamente não só ele, mas aqueles que o cercam, para um pouco para pensar sobre quais suas opções. Ele poderia talvez, lembrar da história, dos erros que nós homens já cometemos no passado para poder filtrar e aprender com eles, ou sobre a idéia de grandes pensadores, sua visão sobre o âmbito social e sua resistência a alienação, mas, ao em vez disso toma uma decisão quase que robótica, sem criticidade, como lhe foi ensinado que deveria ser. Essa situação pode parecer a princípio, apenas uma história fictícia, mas baseado em uma reforma do ensino médio, que visa não os interesses do cidadão, mas sim daqueles que os governam, pode se tornar uma situação do cotidiano futuro. A desigualdade educacional é uma realidade no Brasil, e com as novas proposta, só tende a aumentar. A divisão em 5 áreas, chamada “itinerários formativos”, tem a premissa de permitir ao estudante selecionar o campo de seu interesse, dando assim autonomia ao mesmo. Porém, por meio da nova lei, as escolas não serão obrigadas a oferecer os 5 itinerários, podendo oferecer apenas um deles. Esse vai ser um golpe de extremo retrocesso na educação, onde as redes privadas irão oferecer todas as áreas, aumentando o preço sobre elas, enquanto que os alunos de rede pública irão sofrer com a falta de oportunidade de escolha, tendo de aceitar o itinerário oferecido pela escola perto de sua casa, ou ter de ir para longe procurando uma que se encaixe na sua escolha, sem direito ao transporte publico. Isso leva, claramente, a uma hegemonia educacional daqueles que podem pagar por ela. Porém, este é apenas a ponta do iceberg. A assepsia de certas disciplinas e falta de obrigatoriedade de outras, como história, sociologia e filosofia, que são de suma importância na formação do pensamento critico por nos mostrarem os erros do passado, nos levando a refletir sobre o presente, o futuro, e sobre aqueles que nos governam, traz vantagens apenas para aqueles que estão no poder, tirando de nós a capacidade de criticar e a autonomia de pensar contra, criando uma nova geração de estudantes que seguem um pensamento pré-formado. Portanto, é necessário medidas por parte do povo contra essas mudanças, exercendo sua cidadania no voto a favor dos representantes políticos que são contra a reforma, a exposição de novas idéias sobre um ensino que não leve a uma separação ainda maior entre classes sociais, como um investimento mais inteligente por parte do governo nas nossas redes públicas de ensino, formação de órgãos que regularizem tais mudanças em prol de um melhor ensino médio e educação, não formados por políticos e seus interesses, mas por professores e por participação pública. Porque é através de uma consciência coletiva, e da soma de esforços de diversas partes, que podemos lutar por um Brasil de pensamento livre e igualitário.