A educação é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade em que eles estão inseridos, funcionando de maneira análoga a interação dos seres vivos no habitat, pois ao passo que o ambiente é alterado, novas características são necessárias para sua adaptação. Nesse contexto, o nosso sistema educacional precisa mudar para que funcione de maneira correta, embora tais mudanças necessitassem ser elaboradas de maneira criteriosa levando em conta a opinião dos estudantes, para um melhor desenvolvimento. Dessa forma é possível questionar atual reforma do ensino médio. Durante o período de 1934, no governo de Getúlio Vargas, foi dado inicio a uma maior atuação governamental no campo educacional, por intermédio do estabelecimento do ensino público obrigatório na constituição, porém sem a realização efetiva do que foi proposto. Atualmente, apesar dos avanços nessa área, o ensino público ainda apresenta diversos problemas como à falta de estrutura dos colégios, professores desmotivados e o reflexo da violência urbana nos ambientes escolares. Logo, com medidas idealizadas pela reforma que visam mudanças no currículo escolar e o aumento da carga horária, acabam por ser totalmente ineficazes dentro da conjuntural atual. Ao observamos os países considerados primeiro de mundo, percebemos que é a educação sempre é tida como prioridade, pois o investimento nesse setor acaba sendo revertido em um forte desenvolvimento socioeconômico. No Brasil, a realidade é diferente, dado que o histórico governamental sempre funcionou por meio de medidas paliativas, nunca procurando resolver a problemática em sua totalidade, muitas vezes em prol da facilidade na realização dessas ações e do enriquecimento pessoal ilícito, como visto nos antigos e atuais escândalos de corrupção. Sendo assim, essas novas mudanças no ensino médio, podem ser vistas como mais uma dessas realizações. Portanto, diante dos aspectos mencionados podemos inferir que a reforma do ensino médio precisar ser revista para uma melhor elaboração. Por conseguinte, o governo federal em conjunto com o Ministério da Educação (MEC), deverá revisar e desenvolver medidas mais adequadas para realidade atual, por meio de uma consulta de opinião de alunos e profissionais da área, de forma a adquirir uma visão mais ampla dos problemas e compreender quais são as prioridades para a reforma, tendo como exemplo a realizada no começo do ano de 2017 á respeito do método de aplicação do ENEM.