Os estudantes das escolas brasileiras estão passando por um momento de mudanças. A reforma do ensino médio, que divide opiniões a respeito de suas propostas que, de uma forma resumida, são bem polêmicas e já causou vários conflitos entre os educandos, como ocupações e protestos pelas ruas. Mas por que essa MP causou tanta discórdia? A reforma do ensino médio, que foi aprovada pelo senado neste ano de 2017, divide pontos de vista por conta do que é proposto por ela, como as disciplinas, em que matérias como artes, sociologia e filosofia podem deixar de serem obrigatórias, todas muito importantes para o desenvolvimento do senso crítico do aluno. Do mesmo modo, podemos citar a introdução do ensino técnico em escolas públicas, uma medida que pode aumentar ainda mais a desigualdade no Brasil, levando os estudantes de baixa renda a se tornarem trabalhadores de fábricas ou similares, enquanto os mais ricos podem fazer o que desejam. É preciso considerar igualmente que a adoção total do ensino integral não é uma boa medida e poderá aumentar a evasão escolar, já que os estudantes de classes mais baixas, que necessitam ajudar a família trabalhando e, desse modo, não poderão terminar os estudos se as aulas ocorrerem o dia inteiro. Além disso, quantidade não significa qualidade, e a qualidade é o que mais está em falta na educação brasileira, uma vez visto que estamos nos piores rankings internacionais referentes à educação, em que estamos em posições piores que vários países vizinhos subdesenvolvidos. Tendo em vista isso, é importante lembrar que uma reforma é necessária, não só no ensino médio quanto em todos os níveis da educação, mas outros caminhos poderiam ser tomados. O governo deve tomar medidas como o aumento do número de escolas e a infraestrutura das já existentes, melhores salários para os professores e funcionários, adoção de novas tecnologias para o método de ensino e principalmente a criação de uma escola em que se aprenda a viver, e não o lugar onde os pais jogam os seus filhos. Com uma boa reforma do ensino, o Brasil sairá das listas das piores educações do mundo e formará jovens capazes de encarar o mundo que os cerca.