Há anos o sistema de ensino brasileiro vem sendo motivo de debates, pelo fato, dos estudantes muitas vezes não terem uma preparação adequada para adentrar em uma Universidade – abrangendo principalmente aqueles estudantes que cursam o Ensino Médio em escolas públicas pelo país. Com o intuito de torná-los mais preparados e de igualar o ensino privado e público, no final de 2016, o Presidente Temer apresentou a proposta de Reforma do Ensino Médio. Mas tal reforma, será um ponto positivo ou negativo para a educação? Medida apresentada pelo Presidente Temer no final de 2016, a Reforma possui como pontos principais a flexibilização do conteúdo ensinado, aumento da carga horária anual e uma maior ênfase ao ensino técnico,além de aumentar o número de escolas com ensino integral. Desde então, tais pontos passaram pela aprovação da sociedade e pelos estudantes,mas há ainda pontos polêmicos em discussão. A principal polêmica se diz respeito às mudanças na obrigatoriedade do ensino de certas disciplinas. De acordo com a Medida, o ensino de disciplinas como artes, educação física,filosofia e sociologia deixará de ser obrigatório no Ensino Médio. Outro alvo de críticas abrange a permissão de professores sem diploma especifico de minis- trarem aulas. Diante disso, urge ao Ministério da Educação rever tais medidas, principalmente quanto ao professor, pois se o professor não é qualificado como que o aluno se sentirá preparado para o seu futuro universitário? Em uma entrevista dada ao site G1, ex ministros opinaram-se contrários à mudança. Segundo o ex Ministro da Educação, Aloizio Mercadante,com a aprovação da medida, haverá um aumento da desigualdade educacional no Brasil. Além disso ele afirma: “A oferta de itinerários alternativos e a eleição de disciplinas opcionais pelo estudante, sem a fixação do que deve ser oferecido a todos como dever do estado,vai legalizar a desigualdade de oportunidades de aprender “. Mercadante chegou a comparar essa desigualdade com o apartheid, dizendo que poderá ocorrer um apartheid escolar no país. Logo, diante as opiniões apresentadas, urge afirmar que cabe ao Governo Temer rever os aspectos apresentados na Reforma antes de aprová-la, ouvir as opiniões da sociedade e principalmente de estudantes no que diz respeito às medidas, pois são eles que farão o futuro da educação brasileira.