Entende-se que uma boa nação é aquela que se preocupa com a educação de seus jovens; nesse sentido, o Brasil busca reformular sua proposta educacional para os estudantes de ensino médio. Se por um lado, muitos acreditam que a reforma será benéfica aos estudantes; por outro, existem aqueles que creem que as diferenças sociais serão acentuadas. A reforma apresenta diversas propostas de mudanças. A primeira delas é a flexibilização de 40% de toda a grade curricular do ensino médio, dando assim mais liberdade dos estudantes escolherem o caminho que desejam trilhar. Além disso, um aumento gradual da carga horaria atual, incentivando o aluno a passar mais tempo nas escolas. Os idealizadores da proposta acreditam que essas mudanças irão, dentre outros benefícios, diminuir os casos de evasão escolar que hoje, no ensino médio, apresentam números superiores a 50%. No entanto, muitos são aqueles críticos da reforma. O ponto de maior enfoque é na retirada da obrigatoriedade de determinadas matérias, como artes, educação física, história e filosofia. Aliado a isto, também existe o fato das escolas não serem obrigadas a ofertar todas as disciplinas optativas, com isso, os estudantes, principalmente de escolas públicas e periféricas, não teriam o poder de escolha das disciplinas, mas teriam que se matricular nas disciplinas ofertadas pela escola. Este fato leva a crer que haveria um aumento na desigualdade educacional. É notável, portanto, que a proposta de reforma deve ser melhor estudada. É preciso tomar medidas para que todos os estudantes tenham as mesmas oportunidades. O ministério da educação deve obrigar todas as escolas a oferecerem ao menos 60% de todas as disciplinas optativas possíveis, pois assim garantirá que os estudantes terão um verdadeiro poder de escolha. Além disso, é preciso repensar as questões das matérias de filosofia e história para que possamos evoluir, pois como disse Edmund Burke, um povo que não conhece a história está fadado a cometer os mesmos erros.