Imprudente e precipitada. Essas foram as palavras mais utilizadas pela grande parte da sociedade brasileira após a notícia da nova reforma do Ensino Médio. Essa restruturação inclui a exclusão da obrigatoriedade de algumas matérias, professores sem diploma ministrando as aulas e o aumento excessivo da carga horária escolar anual. O motivo de tantas críticas se deu pelo fato da reforma desestruturar a formação social do aluno. Iniciado por Durkheim, o estudo da sociologia mostrou como analisar a sociedade através de um método científico, e assim entender o indivíduo. Do mesmo modo a filosofia foi criada para buscar pensamentos racionais, e com isso, entender os valores morais. Juntas, essas matérias, que a partir de 2005 tornaram-se obrigatórias nas escolas, significaram um avanço na educação. Capacitaram, também, ao conhecimento e a pensar de forma crítica, abandonando o método de memorização de frases para colocarem como resposta em provas. É notório que a ausência dessas matérias pode causar um regresso na linha de raciocínio dos estudantes. Não só no âmbito do conhecimento, a reforma do Ensino Médio afeta indiretamente nas relações familiares a partir do momento que aumenta a quantidade de horas dentro da escola. O governo afirma que esse acréscimo de tempo irá trazer mais produtividade ao aluno, todavia, muitas escolas públicas diariamente sofrem com a falta de profissionais dentro das salas. Admitir profissionais sem diploma como solução pode gerar desordem uma vez que disciplinas da faculdade preparam para atuar nas salas. Dessa forma entende-se que a reforma do Ensino Médio traz grandes dificuldades para os alunos. Logo a medida provisória deve sofrer alterações para não interferir na formação social do jovem. Deve-se também realizar cursos de preparação aos novos professores sem diploma, contribuindo para o fim do caus gerado.