Segundo Aloisio Mercadante, ex-ministro do Ministério da Educação, a reforma do Ensino Médio no Brasil legalizará a desigualdade de aprendizado. Embora o projeto seja importante, a quantidade de escolas não é suficiente para a demanda de alunos. Nessa ideia, deve-se analisar a superlotação nas escolas e a educação desigual. As escolas superlotadas é o principal motivo que trava o projeto. Isso ocorre porque, a integralização do ensino médio exigirá mais espaço para acomodar a nova carga horária. Em uma sala, por exemplo, cabem 80 alunos – 40 pela manhã e os outros à tarde -, com a reforma, porém, esse número será reduzido à metade. Em decorrência disso, a escola deixará de atender grande número de estudantes, gerando um ensino insuficiente e retardo na educação. Além disso, nota-se, ainda, que a possibilidade de escolha da grade curricular gerará um aprendizado desigual. Tal situação acontece porque, um aluno, que escolhe matérias de uma área apenas, terá conhecimento insuficiente, visível ao enfrentar um concorrente, que estudou mais áreas, em um concurso público. Resultado disso é aumento na desigualdade social. É visível, portanto, que a questão da reforma do Ensino Médio deve ser revisada. Em razão disso, alunos e mestres devem realizar manifestações e conscientizar os cidadãos, por meio de panfletagens e postagens nas redes sociais, mostrando que a reforma do ensino médio será um retrocesso para educação brasileira, promovendo, dessa forma, a anulação do projeto pelo Poder Executivo. De outro modo, os deputados federais devem levar a público novo projeto de reforma, com foco em atividades extracurriculares e na ampliação e construção de escolas. Com isso, o Brasil terá educação igualitária e competente.