Na França, o período Napoleônico promoveu grandes transformações no ensino francês, em que Napoleão Bonaparte destinou investimentos para a criação de liceus que iriam formar funcionários públicos. Contudo, no século XXI, o que se observa é que agora essa discussão se mostra inserida no Brasil em relação à reforma do Ensino Médio. Diante disso, vale ressaltar que os principais pontos debatidos sobre esse novo modelo são as retiradas de disciplinas antes obrigatórias e o aumento da carga horária escolar. Dessa forma, é necessário analisar essa temática para posteriormente apontar as suas soluções. Primeiramente, nota-se que esse novo projeto resulta em deixar de lado matérias responsáveis pela formação crítica dos alunos. Uma vez que disciplinas como filosofia e sociologia passam agora a serem facultativas, ou seja, estudantes não conseguiram mais desenvolver opiniões sobre diversos assuntos sociais. Uma frase que remete a isso foi mencionada pelo filósofo chinês Confúcio: “Aprender sem refletir é desperdiçar energia”. Por conta disso, fica evidente que medidas devem ser tomadas para coibir essa passividade de pensamento que pode atingir os futuros jovens do Brasil. Ademais, é importante salientar que manter os discentes por mais tempo dentro dos colégios poderá aumentar os índices de evasão escolar. Isso porque o atual cenário mostra que a maioria dos centros de ensino não oferecem o mínimo de conforto aos indivíduos, com suas estruturas precárias e professores mal remunerados, assim torna-se um local tedioso aos alunos. A exemplo de comparação ocorre na Coréia do Sul, em que é uma referência mundial de educação por terem escolas adequadas e docentes com bons salários. Nesse sentido, fica claro que uma integralização sem resultados negativos só ocorrerá se houver investimentos no ambiente das instituições. Perante esse contexto, urge a necessidade de resolver os dilemas que norteiam a questão do Ensino Médio. Portanto, em um primeiro plano, é crucial que o Governo Federal volte atrás em sua decisão e recoloque matérias de pensamentos como obrigatórias, em que filosofia e sociologia retornem a LDB (Leis de Diretrizes e Bases) e estejam presente em todo o período do segundo grau do estudante. Além disso, é primordial que o Estado equipe os colégios antes de executar a carga horária integral nas escolas, no qual o Ministério da Educação faça maiores repasses as secretárias estaduais e essas invistam em instalações de laboratórios, bibliotecas e aumente as remunerações dos educadores. Com isso, pode-se, enfim, implantar um novo Ensino Médio eficiente, pois como disse Kant: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.