A reforma do ensino médio, da maneira atual, só aumenta a desigualdade educacional existente no Brasil. Com ela, os alunos de escolas públicas poderão escolher o que vão querer estudar, baseado na sua futura formação profissional. Uma das explicações para essa foi que o aluno se sentirá motivado a estudar e escolherá apenas as matérias que lhe conviessem, além de matemática e português, que serão obrigatórias. Uma revolução bem democrática, em teoria. Contudo, devido à atual questão moral e cultural de grande parte dos jovens modernos menosprezarem a educação devido à falta de uma base sólida que a valorize, essa só contribuiria para a negligência do ensino e consequente aumento na discrepância da qualidade de aprendizado entre o aluno de escola pública e o de escola particular. Para tanto, os efeitos da reforma poderão ser vistos nos vestibulares, como no ENEM, uma vez que eles não cobrarão apenas os conteúdos obrigatórios ou os da escolha do vestibulando. Ou seja, apenas os que optassem por estudar todos os conteúdos extracurriculares serão realmente aptos a concorrerem com alunos de iniciativas privadas. Sendo assim, uma grande reforma no ensino - não só médio, mas no geral - é necessário, Porém, não como foi proposto. O governo tentou assimilar o sistema de ensino de países e não obteve excelência, pois não analisou a parte cultural e moral de seus jovens, Por isso, o ministério da educação precisa levar em consideração mudar todo o sistema de ensino, desde o primário, através de estudos, pesquisas com pessoas qualificadas e consultas públicas, a fim de mudar o atual cenário brasileiro.