Muito se tem discutido,recentemente,acerca da reforma do Ensino Médio. Esta constitui-se em uma lei que tem como objetivo mudar estruturalmente o sistema atual do ensino médio. Contudo,ao observar não só a remoção da obrigatoriedade do estudo de algumas matérias importantes como também o aumento excessivo da carga horária, constata-se que esse projeto precisa ser reanalisado. Em primeiro lugar,o novo modelo permitirá que o estudante proponha a flexibilização da grade curricular de acordo com o curso de graduação que irá desejar,deixando apenas português,matemática e inglês obrigatoriamente. Consequentemente,matérias importantes como a filosofia e a sociologia,que são fundamentais para o raciocínio e a consciência humana,a história,que permite adquirir informações e aprendizados com os erros do passado e a educação física,que mostra a importância de se manter ativo e de obter uma boa postura e alimentação. Além do mais,a escola deve ser um local onde o aluno desenvolve seus conhecimentos sobre toda e qualquer área. Além disso,outro fato proposto pela reforma foi o aumento da carga horária,passando de 800 para 1400 horas anuais adquirindo,assim,um ensino integral. Todavia, isso pode ser um problema não só para os alunos devido a exaustão causada pelo elevado número de aulas diárias,mas também pelo baixo investimento recebido pela educação básica. Os dados de um levantamento feito a pedido do portal G1 em 2014 pela Fundação Lemann e pela Meritt, responsáveis pelo portal Qedu, mostraram que apenas 36% das escolas públicas têm esgoto encanado. A partir do que foi proposto,acredita-se que a reforma proposta para o Ensino Médio precisa ser reanalisada. Para que isto aconteça,faz-se necessário que o Ministério da Educação repense sobre a exclusão da obrigatoriedade de algumas matérias,questionando a opinião da sociedade sobre o assunto e que o Poder Legislativo Federal,por meio de leis, retire a obrigação de um sistema integral de ensino,de forma a prevenir a futura sobrecarga da rede pública. Outrossim,o Governo Federal,junto de uma PEC,deve estabelecer um percentual de investimento mínimo em educação básica,com base no PIB,para que o saneamento básico e a alimentação da rede pública sejam de maior qualidade.