A luta pelo fim dos embates na sociedade tem perdurado por séculos, porém a questão da Reforma do Ensino Médio é algo novo a ser discutido no Brasil. O Governo quer ampliar a carga horária e retirar matérias obrigatórias para serem opcionais. Nesse sentido, cabe ao Estado e a nação se unirem a fim de solucionar a problemática. A princípio, é imperioso ressaltar o famoso saber do sociólogo Émile Durkheim, o qual mostra a sociedade como um organismo necessitado de ter todas suas partes funcionando em harmonia. Desse modo, a Reforma do Ensino Médio rompe com o bem-estar civil na medida em que torna matérias necessárias para o senso crítico em matérias dispensáveis, provocando o declínio educacional. Por certas disciplinas, como Sociologia e Filosofia, serem facultativas, muitos estudantes as deixam de lado e isso acarreta na decadência do aprendizado porque estas ajudam a enriquecer o ponto de vista de cada estudante. Além disso, outra polêmica desse assunto é professores sem diploma com atuação na sala de aula e isso provoca o enfraquecimento da aprendizagem. Outro problema é a "divisão dos estudantes", ou seja, aqueles interessados nos conteúdos optativos se deem melhor no mercado de trabalho futuro, por possuírem mais conhecimento da tese escolhida. Em contrapartida à clara necessidade de mudanças para contornar o transtorno, é perceptível o descaso social. A sociedade não se impõe contra a Reforma, e o Governo a fez para os futuros jovens não terem senso crítico e não oporem ao sistema governamental do país. O Art. 6º da Constituição diz que todo brasileiro tem direito à educação e o Art. 3º afirma o dever do desenvolvimento nacional pelo Estado, então essa Reforma é de certa forma contraditória à Constituição de 1988, à medida em que ela prova indiretamente o desinteresse educacional dos estudantes e diminuição da qualificação dos tutores. Dado o exposto, pode-se inferir que o Estado a nível federal utilize essa Reforma para melhorar a educação ao cobrar mais dos alunos no quesito de maior aprendizagem para se tornarem interessados no estudo. Ademais, a sociedade deve agir contra o descaso educacional e em última instância, a mídia pode ajudar a proliferar essas ideias para as camadas sociais e assim atingir a meta proposta por Durkheim.