Desde o limiar do século XVIII com a Revolução Industrial e a ascensão do capitalismo o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Nesse contexto, surge a proposta de reforma do Ensino Médio, um ato necessário, entretanto convém analisar seus principais aspectos e objetivos, com a premissa de formar cidadãos críticos e conscientes. Como ponto inicial de reflexão, é importante ressaltar que o currículo do ensino médio será determinado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando formar os "itinerários formativos", onde estará as principais áreas juntamente com formação técnica e profissional. Entretanto, algumas disciplinas não serão mais obrigatórias, como por exemplo: história, filosofia, sociologia e outras. Outro fato alvo de crítica foi a respeito da diplomacia não especializada dos professores, deixando o ensino desqualificado. Além disso, é consenso que com o aumento da flexibilização do currículo, isso irá contribuir para o aumento da desigualdade educacional no Brasil, pois além de não terem acesso a uma educação de qualidade, os estudantes, principalmente de escolas públicas e periféricas, não terão pleno poder de escolha das disciplinas, mas serão obrigados a matricular-se nas disciplinas ofertadas pela escola. Medidas efetivas, portanto, são necessárias para amenizar o impasse. É improrrogável que o Ministério da Educação (MEC) dialogue com os interesses dos estudantes a fim de atender as necessidades educacionais da população e propor uma nova proposta mais abrangente e sensata, além disso outra ação necessária é tornar o ambiente escolar mais agradável, propondo oficinas de rap e poesias aos estudantes para que eles possam se expressar e ao mesmo tempo aprender. Apenas sob tal perspectiva, poder-se-á formar uma pátria educadora com referência mundial, pois como proferido por Karl Marx: as inquietudes são a locomotiva da nação.