Assunto muito abordado nos últimos meses, a reforma do ensino médio tornou-se um divisor de opiniões, entre os que apoiam e os que não apoiam. Apesar disso, esta modificação prevê muitas melhorias no ensino que, segundo os que a apoiam, trará uma maior igualdade entre o ensino privado e público, mas muitos perguntam-se sobre a veracidade dessas afirmações com a possível exclusão de algumas matérias e o aumento da carga horária de ensino. Nas diversas modificações previstas no documento que regulamenta a reforma escolar, uma delas é a que pretende aumentar a carga horária escolar, ou seja, fazer com que o ensino torne-se integral. A despeito dessa afirmação, questiona-se se haverão professore qualificados para ministrar aulas de qualidade para tantos alunos em uma única sala. Até porque quando se trata de aprendizagem, quantidade não é qualidade. Outro fator indagado é a possível exclusão de disciplinas como história, sociologia e filosofia. Matérias imprescindíveis para formação social e moral de um indivíduo e que não deveriam sair da grade escolar. É perceptível que a possível retirada dessas matérias não seja algo bom, isso porque, não da pra imaginar um indivíduo tendo uma boa formação social sem estudar como se estrutura uma sociedade ou mesmo saber as origens da mesma, de como ela se formou e o que levou a esse acontecimento. Além disso, sem essas matérias, as pessoas não desenvolverão seu sendo crítico, dando início à formação de uma sociedade composta por indivíduos alienados, incapazes de criarem suas próprias opiniões para os mais diversos assuntos. Sendo assim, faz-se necessário que haja uma análise detalhada acerca dessas modificações, pois a implementação de uma carga horária maior não significará um maior aprendizado, visto que para isso é necessário uma equipe competente de professores para ministrar aulas de qualidade, garantindo assim um bom ensino. Além disso, deve ser repensada a exclusão de determinas disciplinas, pois muitas delas contribuem intrinsecamente na formação dos indivíduos, para que esses formem uma sociedade crítica, capaz de formar opiniões próprias. Logo, para que essa reforma seja válida, as escolas terão que fazer uma avaliação rígida de seus professores, certificando-se de suas competências, além de questionarem a retirada de certas matérias, que são importantíssimas pensando no aprendizado e formação social dos alunos em questão.