Para uns, a grafitagem é uma forma de arte. Para outros, pichação é um forma livre de manifesto e estilo de vida apesar de ser considerado um crime. Mas até que ponto a grafitagem pode ser considerada uma arte se em sua mensagem conter manifestos de ódio, imagens desrespeitosas e palavras de baixo calão apenas por ter cores bonitas e desenhos bem feitos? Arte pode ser considerada como uma atividade humana ligada às manifestações estéticas ou comunicativas com intuito de passar alguma sensação ao expectador, seja ela qual for. Sendo assim, a pichação e o grafite dividiriam uma linha tênue se seguirmos essa definição já que, ambos levam ao público impressões de aceitação ou repúdio. Contudo, um é negado por grande parte da população e constituição enquanto outro é mais aceito e não é uma violação. Ainda que a grafitagem seja liberada judicialmente, é necessário que haja autorização do proprietário para execução dessa, pois, a partir do momento que não há consenso, torna-se dano ao patrimônio. Diante dessa permissão, é válido o uso da grafitagem como forma de colorir e enfeitar as cidades desde que seu conteúdo não seja uma forma de agressão. Em contrapartida, o número de pichações vêm aumentando e tornando a imagem das cidades cada vez mais suja. Além do vandalismo em pichar o patrimônio alheio, ainda faltam com respeito para os cidadões que apagam de seus muros por não aceitar tais formas de ''expressão'', pichando novamente. Ademais, esse tipo de manifesto se tornou comum na disputa de território e briga de gangues. Porém, a prática não se limita apenas a periferia e pessoas de baixo poder aquisitivo como se criou o esteriótipo. É necessário a intervenção em ambas as práticas. Além das prefeituras autorizarem o uso de fachadas para a criação de grandes murais para o incentivo a não pichação e a valorização da arte de rua e do artista, também deveria junto ao Ministério da Cultura criar exposições ao ar livre com telas para que os artistas pudessem expor sua vontade. Enquanto as pichações, deve-se controlar as vendas de sprays e aumentar a fiscalização. Outrossim, utilizar os vandalos pegos em flagrante para pintar os muros como pena socioeducativa.