Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 22/03/2017

Embora seja amplamente divulgado que as manifestações artísticas trouxeram uma gama de benefícios para a população, é importante ressaltar que isso nem sempre se configura como realidade. O pinchamento já existe desde a Antiguidade, quando surgiu como uma forma de manifestação. Porém, nos últimos anos, a maioria dos pinchadores tem causado vários problemas, tais como a poluição visual e a destruição do meio ambiente e do patrimônio cultural, além de levar muitos jovens, incentivados pela competição artística, ao mundo do crime. Primeiramente, é importante pontuar a questão da poluição visual. O pinchamento, assim como o grafite, pode ser considerado uma forma de expressão. Porém, muitos jovens têm levado o desejo de pintar paredes muito a sério, deixando as suas marcas por inúmeras partes da cidade, ato que levaria os governantes a tomar providências, como o atual prefeito de São Paulo, que decretou guerra contra os pinchadores ao fazer uma limpa nas pinturas da cidade. Como consequência, as cidades têm ficado cada vez mais saturadas de símbolos, gerando, até mesmo, um desconforto visual. Todavia, o problema não é só esse. Muitos vândalos têm destruído o meio ambiente e o patrimônio cultural com as suas tintas tóxicas que, além de serem nocivas à saúde da população, destroem grandes monumentos deixados pelos antepassados, como a estátua de Carlos Drummond de Andrade, situada no Rio de Janeiro, que foi pinchada e degradada pelos "artistas de rua". Ademais, a maioria dos infratores é menor de idade, demonstrando a gravidade do problema, que tem crescido exponencialmente. Esses menores buscam status entre os pares de pinchadores ao se arriscarem no vandalismo, e, quando não conseguem, fazem de tudo para aprimorar as suas manifestações, como o roubo de "sprais" e tintas, levando-os a se familiarizar com o crime desde cedo. Sendo assim, torna-se necessário a adoção de medidas mais severas para garantir que esse impasse diminua. O Ministério da Educação, ajudado pela Receita Federal, deve elaborar, nas escolas, palestras aos pais e alunos, com vistas à conscientização destes quanto à preservação cultural, atacando o problema pela raiz. O Poder Executivo, também, deve garantir que as leis que já existem sejam melhor fiscalizadas, além de atribuir penas mais duras e severas àqueles que praticarem tais infrações. Outrossim, muitas ONGs colaborariam sobremaneira se promovessem eventos diretamente ligados a manifestações artísticas, com o intuito de mostrar à população que o pinchamento pode ser arte sem, necessariamente, degradar a cidade. Com a adoção dessas medidas, o problema que hoje atormenta o Brasil desapareceria.