Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 09/03/2017

A questão da pichação é um tema complexo e discutido de forma recorrente em meio à sociedade brasileira. Isso se dá pelo fato de compreendê-la como arte ou crime. Sem dúvida, a pichação é uma arte mal interpretada, pois a mídia e o Estado a criminalizam, induzindo a população a discriminar e repudiar a ação e o atores. Fato que necessita ser revertido para então sermos uma nação mais justa e igualitária. O ato de pichar, no Brasil, está totalmente desvinculado ao grafite, segundo o pesquisador de antropologia, Alexandre B. Pereira. Fato esse que induz a sociedade a criminalizar a demonstração artística da população, em que letras com formas exacerbadas e cores mórbidas, levam a falta de compreensão de uma expressão de arte contemporânea. Questão que é alimentada pela mídia televisiva e pelas redes sociais, que buscam calcar na população um ideal de que tudo o que não é assimilado é uma poluição visual, que provavelmente foi realizada por jovens de periferia. O que evidentemente é uma visão distorcida da pichação, que na realidade é realizada por maioria jovens de qualquer classe social, que buscam o reconhecimento de seu estilo de arte. Uma ação que deixou ainda mais evidente essa má compreensão, ocorreu no primeiro trimestre de 2017, em que o então prefeito de São Paulo, Dória, promoveu uma “limpeza” na cidade, em que diversas pichações foram escondidas por trás de um tinta branca nos principais pontos da capital. Atitude que a saber, deixou claro o quanto o Estado repudia os pichadores sem sequer interpretá-los ou compreender o que os motivam a pichar, barreira essa que precisa ser analisada. Feita as ressalvas, é notório que algumas pichações realizadas sem autorização transgridem as leis, como aquelas em monumentos históricos, entretanto, medidas devem ser adotadas para solucionar a problemática da não compreensão da pichação como arte. Cabe ao legislativo propor emendas constitucionais, para não criminalizar o ato de pichar, o que fará com que o executivo e o judiciário aprovem esta arte. Cabe ao Ministério da educação, criar projetos em escolas, que induzam os jovens a aceitar a manifestação da arte do outro e a manifestar-se de forma consciente e pacífica. Com isso construiremos a médio e longo prazo uma sociedade mais aberta a aceitação, sendo próspera e igualitária.