Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 09/03/2017

Desde os primeiros agrupamentos humanos no período paleolítico, por intermédio das pinturas rupestres, os seres humanos usavam a arte a fim de expressarem as manifestações artísticas e sociais do seu período. Logo, infere-se que a liberdade de expressão e as manifestações artísticas estão intrinsecamente ligadas, entretanto em pleno século XXI um grupo de indivíduos têm subvertido os ideais da arte contemporânea - pichação - com o intuito de denegrir uma autoridade ou até mesmo deteriorar um âmbito público ou privado. Outrossim, conforme salientou Aristóteles, ''A arte é a imitação da realidade''. Diante dessa máxima, nota-se a importância dos pichadores de exporem os acontecimentos contemporâneos com o intuito de fomentar a identidade cultural e o senso crítico da população brasileira. Entretanto, uma parcela destes artistas urbanos tem usado esta manifestação cultural como pretexto para danificarem patrimônios públicos ou privados. Isso evidencia o mito de que todos os pichadores são vândalos fomentando a desautorização deste fenômeno artístico, bem como aconteceu no estado de São Paulo no início de 2017. A arte como qualquer manifestação de caráter literário tem como fundamento denunciar e criticar as mazelas sociais do seu período; desde Gil Vicente em sua obra Auto da Barca do Inferno - que denunciava de forma satírica a degradação ética dos indivíduos - à pichação na contemporaneidade, todos demandam por um desenvolvimento social por meio da crítica. Contudo, a sociedade auriverde deve diferenciar os pichadores dos vândalos que apenas buscam denegrir um âmbito social, com essa diferenciação torna-se possível uma expressão artística que vise um desenvolvimento cultural da população atrelada à denúncia das problemáticas contemporâneas, atestando a diminuição do legado de opressão que assolou o Brasil no período militar. Em suma, percebe-se que as raízes históricas brasileiras embasadas na opressão conciliada com uma minoria vândala dificultam as adesões dos pichadores no ambiente social. Para que seja possível o aumento da identidade cultural auriverde por intermédio dos pichadores o Governo deve investir no Ministério da Cultura para que aumente os números de pinturas urbanas no país com o intuito de mudar o visual das cidades. Ademais, o Poder Executivo deve punir por meio da sanção da liberdade por um tempo pré-determinado os indivíduos que picharem um ambiente público ou privado sem autorização e com a intenção de deterior esse local. Somado a isso as escolas conciliadas com profissionais da área de artes buscarem promover debates referentes à importância dessas manifestações artísticas como expoente de disseminação de cultura e críticas relacionadas à sociedade.