O ser humano desde os primórdios tem a necessidade de se expressar. Carl Gustav Jung considerava a arte a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. Contudo, a arte desperta diferentes reações em quem a vê, principalmente quando ela é a pichação, sendo considerada por grande parte da população brasileira vandalismo. Os artistas de rua são os principais apoiadores da não penalização da pichação, dizendo que a arte vai além do que está nos museus, ela é uma mistura de emoções e ideias, tendo assim que ser revisto o seu conceito. Posto isso, a pichação deve ser incluída nessa visão, visto que ela democratiza a cultura, tornando-a de fácil acesso, sem distinção de raça ou de classe social. Entretanto, outros indivíduos atribuem apenas aos grafiteiros o título de artista, caso esses respeitem os locais e peçam a permissão de grafitar naquele espaço. Visando esses conflitos de pensamentos o prefeito de São Paulo decretou o fim dos pichos espalhados pelas ruas, cumprindo assim o que está no Código Penal brasileiro. Afinal, essas expressões artísticas são individuais, não representam o gosto do coletivo, além disso, elas degradam a propriedade privada e não conservam os bens públicos. Dessa maneira, deve-se buscar modos para que nenhum dos lados saia prejudicado. Portanto, é importante que sejam tomadas medidas para solucionar o empasse. É indispensável que as escolas ensinem seus alunos a se expressarem, os incentivando a expor suas ideias, como também sobre os limites que devem ser exercidos nos seus direitos, sendo possível se expressar sem desrespeitar o direito do outro. Já o governo deve tornar a pichação uma prática legal, disponibilizando um espaço determinado a exercer essa arte. Já o Ministério da Justiça deve criar leis e aumentar o patrulhamento da polícia para punir quem desrespeitá-las, sendo essa lei uma certa multa paga correspondente ao tamanho do seu picho.