Desde os primórdios, o homem sempre buscou formas de se expressar como, por exemplo, a arte. Atualmente, muito se tem discutido sobre a prática da pichação nas grandes cidades brasileiras, alegando que isso configura-se como um ato de vandalismo. Todavia, há quem defenda essa atividade como uma arte urbana rica em emoções individuais. Em princípio, a pichação é considerada como crime pelo Código Penal Brasileiro. Nesse viés, os pichadores acabam danificando patrimônios públicos e privados, sendo isso uma prática de vandalismo contra a sociedade. Além disso, muitos utilizam a pichação como uma forma de trocas de códigos comunicativos entre gangues. Esse ato acaba gerando gastos, a fim de limpar os locais atingidos por essa infração e resultando, posteriormente, em grande revolta por parte da população. Contudo, muitos indivíduos defendem que o ato de pichar é uma forma de protesto repleta de sentimentos. Dessarte, fica mais evidente o que o escritor russo Leon Tolstoi estava correto ao afirmar: "A arte não é manual, ela é a transmissão de sentimento que o artista experimentou". Logo, a pichação é protegida por se tratar de um efeito colateral do sistema em que vivemos que, por exemplo, marginaliza algumas pessoas. Diante dos argumentos expostos acima, torna-se imprescindível o papel do Governo em tratar a pichação como uma arte que é reflexo dos problemas socioeconômicos. Soma-se a isso, a criação de muros e locais adequados para essa prática urbana, por meio do apoio do Estado. Ademais, cabe ao Ministério da Educação promover situações de aprendizagem com vistas à desconstrução do preconceito acerca da pichação.