O conceito mais usado de arte é o de ela ser qualquer forma humana de expressão. Logo, partindo desse ponto de vista, a pichação é artística. Entretanto, apesar de poder ser considerada arte, ela deve ser feita segundo limites que não ameacem a segurança dos outros. Muitos pichadores possuem comportamentos hostis, como subir muros de imóveis para pichá-los por dentro. Mesmo que não aconteçam roubos ou sequestros, essa invasão deixa inseguras as pessoas que estão nessa propriedade. Desse modo, embora o objetivo principal da pichação seja exceder normas a fim de chamar atenção para a problemática da desigualdade social, os seus praticantes precisam moderar suas atitudes, evitando a revolta da sociedade. Em muitos países, excetuando-se o Brasil, a pichação e o grafite são respeitados e considerados sinônimos. Exemplo disso é Banksy, um pichador renomado na Europa pelas críticas socias típicas de suas obras. Essa situação, infelizmente, é bem diferente da pertencente ao brasileiro Gentileza, o qual pichava frases de consolo, esperança e amor nas ruas, porém teve os muros com seus textos pintados pelo governo, destruindo seu trabalho. Diante do que foi exposto, fica claro que o Poder Legislativo deve descriminalizar a pichação por intermédio de emendas constitucionais. Além disso, os Ministérios da Cultura e da Defesa devem realizar campanhas televisivas, palestras e entregas de panfletos informativos mostrando à população que a pichação é uma arte mais irreverente e rebelde, mas que deve ser respeitada. Por fim, como a maior parte dos pichadores são jovens, as escolas devem ter no currículo obrigatório aulas sobre essa atividades. Assim, os alunos ficariam cientes que ações como invadir imóveis e desrespeitar o espaço do outro são inadequadas para qualquer forma de expressão artística.