Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 06/03/2017

PICHAÇÃO – Arte ou crime? A pichação pode ser analisada dentro de duas perspectivas. Uma artística onde a subjetividade da comunicação e os elementos inseridos a expressão humana do registro são valorizados. Outra com caráter marginal, que está à margem, de encontro a ordem social oficialmente estabelecida resignificando seus espaços e paradigmas. Da arte rupestre a contemporânea identifica-se as mais variadas tentativas do homem em se comunicar. Nesta perspectiva de arte como comunicação observam-se as atuais pichações dos espaços urbanos que buscam, através de seus “rabiscos”, transpor as fronteiras dos registros gráficos inserindo a desordem como um elemento de ordem. Por outro lado esta arte comunicativa confronta todo um aparato jurídico que defende os direitos individuais e coletivos das pessoas. Quando um jovem picha a propriedade privada ou o espaço público sem o consentimento dos seus proprietários está ele através de sua arte infligindo às leis. De certo modo em países como Londres, por exemplo, houve a conciliação com os pichadores promovendo a resignificação dos espaços públicos e privados com a atividade sendo reelaborada na figura do grafite. Espaços de grande circulação de pessoas como Estação de Metrôs e até mesmo abandonados como prédios e terrenos baldios foram transformados em verdadeiras galerias de arte a céu aberto. Evidencia-se, portanto, a necessidade de uma primorosa análise sobre a pichação dentro de duas possibilidades uma artística e outra marginal, a primeira como uma ferramenta comunicativa e a segunda como confrontação as normas vigentes. Espera-se que, á exemplo de Londres, haja a possibilidade de conciliação entre estas duas dicotomias.