O ser humano sempre obteve meios de representar sua realidade, o que é explicitado nos registros de desenhos em cavernas da pré-história, em 1964, no Brasil, durante a ditadura militar, a denúncia da realidade era realizada por pichações em paredes, essa forma de expressão é considerada crime com pena de três meses a um ano de detenção e multa. Durante a década de 90, os punks foram os responsáveis pela pichação que aos poucos perdeu seu teor político, contudo, está se tornando mais politizada desde as manifestações de 2013. Os pichadores consideram suas ações um ato de rebeldia contra o Estado, já que , em sua maioria são pessoas de áreas mais pobres esquecidas pelo poder público, que podem ser manifestar tanto com frases diretas quanto com símbolos abstratos, o que é mais comum. Por não serem desenhos coloridos que embelezam a cidade ou que podem ter valor comercial, as pichações não conseguem ser compreendidas pela sociedade como um todo, que veem o estranho como algo perigoso. Segundo o antropólogo Alexandre Barbosa que realizou uma pesquisa com pichadores, precisa - se entender antes de repreender. Em vista disso, pode -se perceber que repressão tal como realizada pelo prefeito de São Paulo, incita mais a rebeldia sendo necessária outras formas de atuação. Por isso, cabe ao governo financiar pesquisas com intuito de compreender o movimento para que as medidas sejam mais específicas, enquanto isso, o mais eficiente como punição seria a limpeza do local pichado. Ademais, a imprensa deve realizar reportagens imparciais que auxiliem no senso crítico do cidadão, as escolas devem realizar palestras sobre as diversas formas de expressar mais diretas que a pichação, além da sua importância nos anos de chumbo que não pode ser negada, com essas ações dos vários setores da sociedade é possível minimizar os transtornos.