Na cidade de São Paulo, em janeiro de 2017, foi concretizado o projeto Cidade Limpa, no qual o objetivo foi revitalizar áreas degradadas da cidade. Tal programa incentivou, ainda mais, o debate acerca da criminalização da pichação. É importante, primeiramente, atentar-se à diferença entre essa e o grafite. A primeira constitui uma poluição visual e uma ilegalidade, diferente do segundo, que além de colorir o meio urbano, manifesta, de fato, as expressões de classes sociais mais abastadas. Com isso, Vê-se a necessidade da discussão a respeito da pichação como um crime e como ele pode ser combatido. De fato, a pichação ocorre dentro de uma ilegalidade a respeito do espaço em que é realizada. Isso ocorre devido a pichadores não obterem nenhum tipo de autorização do proprietário do local para realizarem tal ato, na qual é extremamente necessária, pois será utilizada uma propriedade que não lhe pertence. Por conseguinte, observa-se que o responsável pelo lugar é prejudicado, o que torna a pichação gradualmente mais imoral e ilegal, por se apropriar de um espaço de maneira incorreta. Além disso, a pichação é responsável por uma agressão visual no meio urbanístico. Isso ocorre visto que se utiliza de letras e rabiscos não entendíveis e vistos como sujeira pela sociedade. Haja vista que, geralmente, representam o diálogo entre gangues e criminosos, de forma que apenas tais grupos sejam capazes de dicernir o que foi pichado. Consequentemente, percebe-se que tal ato não se constitui uma expressão das classes menos favorecidas, e sim, uma depredação ilegal do meio urbano, sendo justo e necessário o processo de impedimento e criminalização de tal ato. Vê-se, portanto, a necessidade de suprimir a freqüência da pichação, sendo implementadas medidas com esse fim. A diferenciação entre grafite e pichação, por meio de propagandas, pelo governo aliado à mídia, é importante para uma melhor conscientização social a respeito do assunto, sendo uma intervenção viável. Outrossim, a revitalização das cidades com a eliminação da pichação e a preservação do grafite deveria ocorrer em todos os estados, sendo a prefeitura de cada um deles, responsável por isso. Desse modo, será mantida a real manifestação artística popular e haverá uma hamonia estética no meio urbano.