Título da redação:

Pichação: vandalismo ou arte?

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 13/04/2017

Desde o Paleolítico que o homem se expressa por meio de pinturas e outros tipos de linguagem não-verbal. Atualmente, tendo como destaque a cidade de São Paulo, esse tipo de comunicação vem se manifestando nas ruas, porém, infelizmente, não só para cumprir um papel de arte, mas também como vandalismo. Sendo conhecida como pichação, tal linguagem pode ser considerada, portanto, como crime ou arte, de acordo com o uso que lhe é dado. A arte tem como função despertar certo tipo de reflexão no espectador e a pichação usada com esse intuito se torna arte. O grafite, que é um tipo de pichação, é um exemplo disso, entretanto, a não distinção entre o que é arte e o que é vandalismo acarretam em casos como o ocorrido na rua 23 de maio, durante o projeto “cidade linda”, em que um painel inteiro de grafite, foi apagado, desvalorizando a arte. Dessa forma, é preciso saber distinguir o que é crime e o que não é, e não apenas isso, mas também entender suas causas originais. A pichação criminosa não é uma infração qualquer, mas um reflexo da sociedade. A desigualdade social, presente no Brasil, torna a vida de muitos pichadores, os quais vivem essa realidade, horrível. Segundo autores de resenha do documentário “Pixo”, esse vandalismo “É o protesto de quem recebe tudo o que tem de pior”. Por meio desse ato, considerado crime, os pichadores recebem status no grupo do qual faz parte, que para quem não tem nada, acaba se tornando muito. Diante disso, sabe-se que de acordo com seu uso, a pichação pode ser considerada arte ou crime, sendo o segundo desencadeado por falhas na sociedade brasileira. A fim de mudar esse cenário, é preciso, primeiramente, que Ongs voltadas para população carente, realizem, com financiamento do governo, projetos que visem o ensino do grafite para jovens, diferenciando arte de vandalismo. Além disso, a mídia, por meio de campanhas publicitárias, deve mostrar a importância do grafite e as condições degradantes vividas pelos pichadores, a fim de mobilizar a população em favor desses e posteriormente o governo também. Dessa forma será possível combater a desigualdade, transformando vandalismo em arte.