Desde o seu surgimento em meados do século XX o grafite é filho da transgressão e da arte. Das pichações nos trens de Nova Iorque que levavam a cultura suburbana por toda a cidade até as pichações no lado oeste do muro de Berlim essa forma de arte tem carregado a mensagens de artistas anônimos, longe das grandes galerias e dos museus os muros e fachadas das cidades gritam as histórias de seus habitantes. No Brasil a pichação foi vinculada ao crime e desordem seus praticantes são em geral vistos como criminosos isso se expressa em maior forma na distinção que vazemos entre pichação e grafite considerando o segundo arte em detrimento do primeiro tal distinção é errada pois o que consideramos pichação é uma das variações do grafite essa separação só existe no Brasil. O grafite também é uma forma de arte transgressora cujo objetivo é chamar a atenção muitas vezes para problemas sócias ou de ordem politica como, por exemplo, na frase: “vamos para de pichar quando eles pararem de roubar…” nesse sentido também carrega as impressões da sociedade em geral sobre os problemas cotidianos do país o grafite, por fim, é o dialogo da cidade para com os seus habitantes e vice-versa. Criminalizar algo que é por definição contraventor não é uma das melhores soluções o grafite ou pichação devia ser tratado como expressão de arte urbana sendo assim seria interessante a criação de espaços dedicados a esse tipo de arte com encontro de praticantes e espaços próprios para o grafite como também exposições em locais como o metro outra opção seria semanas de arte nas escolas dedicadas ao tema inserindo o grafite como forma de expressão artística comum as cidades.