A arte tem o intuito de mostrar o pensamento do artista e expressar sentimentos, pode ser feita através de linguagens diferentes, como exemplo, a linguagem visual que engloba pinturas, imagens e consequentemente as pichações. No Brasil há um grande pré-conceito em relação as pichações que diferentemente do grafite- considerado uma imagem embelezadora- é considerado um ato de vandalismo e pode gerar de 3 meses a 1 ano de cadeia. "As pichações com letras estilizadas não é entendível pela sociedade e tudo que não se entende é classificado como algo perigoso ou sujeira", palavras de Alexandre Barbosa, pesquisador de Antropologia Urbana da Unifesp, para explicar tal fato. O Prefeito de São Paulo, João Doria, declarou guerra contra os artistas de rua. Vestido com roupa de funcionário da limpeza municipal, ele e seu secretário, Bruno Covas, cobriram com tinta cinza pichações e grafites da avenida 23 de Maio. Essa ação gerou muitas críticas pelas redes sociais e fora delas, além disso, gerou revolta nos artistas que escreveram novamente nas paredes. Guilherme Valiengo, um dos diretores do documentário Cidade Cinza- sobre a cena do grafite e pichação em São Paulo- afirma que "Se o cara está colocando o nome dele no topo de um prédio ou na rua é porque ele quer dizer alguma coisa". Diante disso é necessário analisar o verdadeiro significado das escritas nos muros, não são apenas palavras soltas a esmo e sim uma expressão de um grupo de pessoas que querem ser ouvidas. Cabe ao governo e a mídia estimular o conhecimento sobre tal forma de arte, através de reportagens e campanhas com os pichadores.