Com a última ação do prefeito de São Paulo em relação à pichação, pintando vários locais de cinza, veio à tona a questão desse tipo de arte ser arte criminalizada ou não. Com esse tipo de atitude, a população brasileira aumenta ainda mais seu preconceito e repúdio diante de tal arte, mesmo que sirva como expressão de diversos artistas. Desse modo, sendo marginalizada por uma grande parte dos brasileiros, a pichação é um estilo de arte, juntamente com o grafite, que está presente em nosso cotidiano. Dessa forma, a marginalização ocorre por fatores como a não compreensão dessa arte, pela grande massa populacional, e a associação dos pichadores a bandidos por, teoricamente, estarem depredando patrimônios. No entanto, essa teórica depredação não tem fins destrutivos, pois diversos pichadores utilizam esse método para expor suas artes em locais com alta visibilidade, seja através de um patrimônio público, de grandes murais ou, então, de prédios altos. Consequentemente, a pichação deve ter um espaço mais integrado na sociedade, pois tem se tornado parte da cultura brasileira, de uma forma geral. Assim, esse tipo de arte de rua, de acordo com o artista de grafite Alex Hornest, tem o objetivo de deixar uma ideia e uma marca, seja em desenhos ou palavras. E isso é confirmado quando qualquer indivíduo passa por uma dessas expressões artísticas e é induzido a questionamentos, dos mais variados modos, como, por exemplo, nas frases do Profeta Gentileza. Então, a pichação não pode mais ser marginalizada, e sim ser considerada como realmente deveria ser: arte. Dessa maneira, para que existam mudanças, se faz presente a interferência do Estado, por meio do Ministério da Cultura, que deve disponibilizar locais com uma visibilidade para a realização de tal arte, como murais em viadutos, em passarelas e em grandes muros com pinturas precárias, além da instituição de uma nova matéria na disciplina de artes nas escolas cujo ideal seja o de demonstrar as artes de rua, por meio do Ministério da Educação. Assim, os artistas terão mais seguranças e a população cada vez mais arte.