O cidadão brasileiro deve ter o direito de manifestar-se culturalmente, mas em meio púbico tem o dever de respeitar o espaço de cada um. O grafite é uma arte que transmite uma mensagem social e há autorização para a sua prática em alguns locais. A pichação é considerada crime ambiental, vandalismo e sua prática é reprovada pela população. A arte de rua é uma expressão muito importante. As pinturas difundem ideais e expõem problemáticas da vida em sociedade. Marginalização, abuso de poder e desigualdade social estão entre os assuntos mais abrangentes nas obras do grafite. Pelo local de propagação ser acessível, esse meio artístico estimula a comunicação e a reflexão dos observadores. Essa é uma característica significativa para a criação de um âmbito social provido de senso crítico e político. O grafite incentiva, de uma forma inovadora, a formação do cidadão. A pichação é considerada pela grande maioria da população como um poluente visual. Muitas vezes a linguagem passada não é entendida por todos, o que leva a rejeição dessa prática. Os grupos considerados criminosos tem o hábito de competir entre si, para avaliar quais conseguem um maior número de pichações e os locais mais perigosos em que registram suas marcas. Dessa forma, a atuação é considerada vandalismo, por não possuírem autorização e desacatarem a ordem, pichando onde têm vontade. A propagação de mensagens e manifestações artísticas nas ruas deve ser ponderada e permitida em locais específicos, para a admiração do público. Assim como há propagandas espalhadas pelas cidades, deve haver o assentimento por meio do poder legislativo para a publicação de motivações, revoltas e críticas através das pichações. Entretanto, o respeito às fronteiras e aos assuntos a serem expostos é imprescindível. Em uma de suas obras, filósofo Michel Foucault compreende que a liberdade de cada um é limitada dentro da vida em sociedade, já que todos são livres, mas não devem ultrapassar o espaço do outro.