Título da redação:

Liberdade aprisionada

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 30/04/2017

A divergência entre pichar e grafitar traz relevantes discussões no cenário brasileiro. Atualmente, o termo ‘’liberdade de expressão’’ rompe as barreiras estéticas e possui um viés público, onde a arte urbana dos grafites é criminalizada pelas manifestações de pichamento que, em sua maior parte, denotam um tipo de linguagem omissa compartilhada pela parcela marginalizada da população. A aceitação da verdadeira arte de rua envolvendo os aspectos cor e criatividade é um grande desafio a ser enfrentado, e, para isso, alguns fatores devem ser observados na sociedade. Em uma primeira abordagem, deve-se explicitar que o pichamento é considerado crime, pois danifica a estética monumental do local. Por outro lado, expressar-se por meio dos grafites é uma forma de mostrar à sociedade a liberdade das formas, cores e até mesmo problemas que envolvem questões sociais. Acredita-se que impor a cultura artística no meio coletivo pode acarretar na inclusão das mais variadas parcelas da população, com o âmbito de tornar as pessoas pensadoras críticas, reflexivas e mantendo-as longe dos perigos que o mundo oferece. Seguindo essa linha de pensamento, a arte é considerada porta-voz da sociedade há tempos. Em cidades do Nordeste brasileiro, como Recife e Olinda, o grafite é peça fundamental na composição harmônica das ruas, dando a beleza cultural local. É válido ressaltar que a abrangência dessa forma de arte pode tornar amplas as manifestações públicas que contestem melhorias para o país, desde que, civilizadas e com um bom propósito, possam chamar a atenção de um setor que, eventualmente, poderá realizar as devidas mudanças para o bem comum. Sendo assim, para quebrar o paradoxo de liberdade aprisionada, a aceitação da arte urbana por meio dos grafites é relevante na expressão das necessidades populacionais, e de modo a criminalizar os pichamentos, devem ser tomadas algumas medidas. Nesse contexto, é fundamental que o governo auxilie com a instalação de câmeras de segurança nos pontos principais das cidades e a inserção de guardas públicos. Além disso, como reforço informacional, a mídia deve expor todas as informações acerca do crime, por meio de campanhas publicitárias na internet e na comunidade. Apoiar a arte para bons propósitos vai além da sua capacidade de expressar, e, libertá-la para o mundo, é um grande passo ao desenvolvimento cultural nacional.