Desde o começo da humanidade, o homem já escrevia na forma de desenho nas paredes das cavernas e rochas, com o objetivo de relatar os acontecimentos que ali ocorreu. Atualmente, essa prática denomina-se grafite, que tem como intuito a reflexão dos diversos cenários ilustrado pelo desenho. Por conta dessa arte, muitas pessoas têm confundido o grafite com a pichação. Sabe-se que o grafite é uma arte legal, ele visa o reflexo das dificuldades e conquistas que a população tem vivido sendo ilustrado por meio da arte nos desenhos inanimados. Em contra partida, a pichação não se caracteriza como arte, porque ela expressa palavras de baixo calão, ódio, rancor e símbolos obscenos, e isso a torna crime por depredação ao patrimônio alheio conforme o artigo 163 do Código Penal. A arte do grafite é tão avassaladora que alguns países importam grafiteiros para colorirem as praças públicas e até mesmo patrimônios privados. Como é o caso dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, conhecido como Os Gêmeos, pois transformaram seis silos de concretos em gigantes coloridos, em Vancouver no Canadá. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Conforme Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Baseado nesse pensamento a Secretaria de Educação em parceria com a Secretaria de Cultura e Cidadania devem promover nas escolas, palestras ministradas por psicólogos para conscientizar os alunos que a pichação é errada e que há outro modo de se expressar, e por profissionais da arte para incentivar os estudantes a expor o seu ponto de vista através da arte, para que no futuro, o país tenha profissionais artísticos conscientes do que é arte e do que é crime. Já a mídia deve abordar em suas programações, conteúdos que conscientizem os diversos públicos sobre como a pichação implica juridicamente para os praticantes desse ato. Por fim, o governo deve fazer com que os pichadores limpem os locais onde eles sujaram e os incentive a praticar a arte de maneira legal para a defesa do seu ponto de vista, só assim será amenizado a pichação.