Arte rupestre, Vanguardas, Arte Moderna e Arte Contemporânea, todas tiveram e tem importâncias notáveis no meio social. Atualmente vem sendo criminalizado certos tipos de expressões artísticas, como, as pichações e alguns grafites, porém, já tornaram-se formas consolidadas de linguagem visual urbana, protestos e desabafos sociais. Os desenhos feitos nas paredes das cavernas na pré-história foram significantes quanto estrutura de expressão ou transcrição daquele momento. Bem como a Revolta dos estudantes de 1968 em Paris, o spray foi usado como forma de protesto, onde, jovens registraram nas paredes e muros frases poéticas e políticas. Além disso o lado ocidental do muro de Berlim estava tomado por pichações contra o muro. Nessa ótica, o prefeito de São Paulo, João Doria ordenou que apagassem as pinturas em vários pontos da cidade, como murais na Avenida 23 de maio. Diante as ações do prefeito contra pichações e grafites, artistas e especialistas questionam a falta de diálogo. “É necessário estar de braços abertos para esses garotos, chama-los para a conversa”, defende o artista plástico Rui Amara, assim como a fundação Cartier de Paris. Ao mesmo tempo, a pesquisadora de arte urbana Lilian Amaral afirma, “Estamos falando de produção cultural, não foi ao acaso que essas manifestações artísticas conquistaram espaço e chegaram ao ponto de estarem ligadas a identidade da cidade”. O grafite e a pichação são linguagens artísticas que tem uma mesma origem, observando o pichador Junica tornou-se um grande nome do grafite brasileiro. Em suma, operações como “Cidade Linda” de João Doria e a criminalização dessa arte popular apenas incitam protestos. O Estado deve manter diálogos com os artistas das ruas, promover um olhar sem preconceito, utilizando de propagandas, mostras e apresentações, impulsionar a inclusão social por meio dessa manifestação de arte marginal. Criminalizar ou tornar arte só depende do referencial.