Diante da guerra que o novo prefeito da cidade de São Paulo está travando contra a pichação e o grafite, abre-se espaço para o debate se essas são realmente arte. Linguisticamente o conceito de arte é abrangente, mas todos os significados concordam que é a atividade humana buscando expressão. Logo, o grafite e a pichação são manifestações de sentimento e pensamento. Portanto, arte, mas existem diferenças entre as duas. O grafite, além de embelezar a cidade, têm como objetivos denunciar injustiças, prestar homenagens e até dar perspectiva sobre a vida. Contudo, é uma arte marginal. Dessa maneira, não pede licença aonde será feita. Sendo assim, a proposta de João Doria de especificar um lugar para os painéis disturba a alma do grafite, e a transforma em outro tipo de arte chamado de muralismo. Já a pichação é mais hostil visualmente e prejudica o proprietário do imóvel. Por isso, não é aceita socialmente. Por outro lado, é uma manifestação que não requer talento e nem instrução. Consequentemente, serve para dar voz a invisíveis sociais, esses que num país injusto como o Brasil têm uma forma de se expressar. Conforme fatos apresentados fica evidente a importância do grafite e da pichação como manifestação artística. Assim, é preciso preservar o grafite, já que é tão significativo. Dessa maneira, a população deve ser instruída para aceitar a importância dessa transformação urbana. Já a pichação torna a cidade suja aos olhos da maioria. Assim, deve ser evitada. Sem dúvida, isso não vai acontecer com repressão, mas com educação e dando voz a essas pessoas. Logo, o incentivo governamental a programas artísticos e canais de comunicação em comunidade carentes é a melhor opção. Por certo, essas medidas tornaram as cidades lindas.