Desde aquilo que entendemos como início da humanidade, o ser humano já buscava outras formas de expressão além da fala. Suas moradias eram marcadas por desenhos que nem sempre tinham compromisso com a compreensão de toda a sociedade que o cercava. Nos dias de hoje, porém, o abstrato e subjetivo tem dado lugar a uma disputa desenfreada que desconhece limites. Um bom e eventual exemplo disso são as pichações feitas em patrimônio público ou até mesmo privado, manchando expressões que vieram antes e estavam lá por vontade majoritária as sociedade, o que nos pode servir de alerta. Afinal, até onde pode chegar o manifesto ilustrado nas pichações? Até onde vale a pena o transtorno e a transgressão? As ruas nos querem ensinar algo e nós devemos estar dispostos á escutá-la. Em suma, a maior parte das pichações e atitudes degradantes a cidade, de forma visual, tem sido praticadas por jovens que estão em busca de algo mais, tanto em relação a sociedade quanto a sua própria realidade. Cabe a nós, enquanto parte de um todo, o diálogo e propostas educacionais, buscando a compreensão e a resolução de conflitos que se escondem por trás de cada lata de spray.