A pichação surgiu no Brasil durante a ditadura militar como forma de manifestação, como consequência de que as pessoas não tinham liberdade de expressão. O piche é visto como uma forma de manifesto até hoje, já o grafite tem uma melhor recepção por parte das pessoas, surgindo assim uma dubiedade. Apesar de ambas formas serem vistas com um olhar diferente pela população, são crimes que podem resultar em multa ou detenção de até um ano. Os grafiteiros e pichadores são artistas que na maioria das vezes não têm suas obras valorizadas, seja um conteúdo divertido, colorido e sem significado ou frases polemizadas. Não é permitido conspurcar edificações, seja patrimônio público ou propriedade privada, ninguém tem o direito de alterar algo ali sem a permissão cedida pelo responsável. A Prefeitura de Belo Horizonte gastou mais de trezentos mil reais com a reparação de túneis e viadutos que foram pichados ilegalmente. Esse dinheiro poderia ter sido investido de tal forma que todos (a população e os pichadores) ganhassem. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Os artistas precisam ter seu espaço para mostrar sua arte, logo, as Prefeituras Municipais devem ceder um espaço para que os pichadores possam grafitar sem prejudicar edificações e obtendo uma maior aceitação pelas pessoas. Assim, o grafite (ou piche) deixaria de ser vandalismo e se tornaria verdadeiramente arte.