As primeiras manifestações artísticas surgiram na época da pré-história, uma vez que o homem passou a pintar nas paredes das cavernas aquilo que vivenciava ou o que desejava que acontecesse. Hoje, ainda temos esse “pintar nas paredes”, mais conhecido como pichação, porém a razão da pintura mudou, agora o objetivo dos artistas é “deixar a sua marca”. O grafite, como qualquer outra forma de arte, é um direito de liberdade de expressão de todos os cidadãos. Esse direito vem sendo contrariado por aqueles que advertem sobre a depreciação tanto da propriedade privada quanto do espaço público causada pelos pichadores. É evidente o direito da propriedade privada num país de liberalismo, contudo o espaço público não pode ser negado a qualquer manifestação de arte, visto que isso representa a liberdade de expressão na sociedade. Além disso, o grafite é uma forma cultural de arte acessível a todos. Somado a isso, a pichação enfrenta também o preconceito por estar associado a uma classe social mais baixa e a criminalidade, sendo mal visto por outros setores da sociedade. Tal preconceito incitou o atual prefeito de São Paulo, João Doria, a cobrir alguns grafites da cidade, gerando uma grande repercussão na mídia e a oposição de grafiteiros. Em suma, diante desse tema tão polêmico, o governo deve se posicionar a favor da liberdade de expressão fazendo campanhas e exposições públicas sobre a arte de rua. O governo pode também disponibilizar espaços livres para os jovens expressarem seus tipos de arte e orientá-los a não picharem em propriedades privadas.