Título da redação:

A arte imitando a vida.

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 07/03/2017

Ao andar pelas grandes cidades brasileiras é comum se deparar com muros dotados de rabiscos, desenhos ou mensagens que possuem diferentes finalidades. Para quem aprecia todo e qualquer tipo de arte os efeitos positivos logo aparecem, mas quem sente-se desconfortável com todas aquelas cores e mensagens os prejuízos podem ser enormes para quem exibe sua expressão através das tintas. No Brasil, os artistas urbanos foram divididos em duas classes: os que pincham e os que grafitam. Do ponto de vista judiciário, os segundos são considerados “artistas urbanos legais” pelo simples fato de possuírem uma autorização formal local para demonstrar sua arte e majoritariamente terem cursado ensino superior, ou seja, são originados da elite do século XXI. Já os primeiros, na sua grande maioria não possuem essa legalização, além disso, geralmente são moradores dos subúrbios e por isso acabam levando a fama de marginalizados, dependentes químicos e más influências. Em São Paulo foi travada uma verdadeira “guerra” entre o prefeito e os artistas de rua, o que resultou na pintura cinza em todos os muros pinchados uniformizando e contribuindo para a mecanização da selva de pedra. Depois do ocorrido foi aprovada uma lei que pune severamente esses artistas ambulantes com um tempo de reclusão relativamente elevado. Desde que a mensagem exposta nas ruas não ofenda nem prejudique ninguém, não há porque punir seus respectivos autores, pois a justificativa de crime ambiental não é suficiente para deixar as cidades mais coloridas. Para pôr um fim nesse conflito, moradores devem como sinal de protesto grafitar os muros de suas casas. As autoridades devem perceber que o agitado ritmo da vida urbana quase que não permite horários de folga e por isso os artistas urbanos devem sim ter seus trabalhos reconhecidos pelo “embelezamento” local demonstrando a arte imitando a vida com suas cores intensas e vibrantes.