Título da redação:

A arte ao longo do tempo

Tema de redação: A questão da Pichação – arte ou crime?

Redação enviada em 09/03/2017

Quando o homem reconheceu a sua habilidade com as mãos, passou a utilizá-las de diferentes formas, ora para o trabalho, ora artística. Durante o período da história denominado Paleolítico, surgiram as primeiras pinturas que retratariam o cotidiano e a expressão do gênero homo. Na contemporaneidade, a arte denominada rupestre deu lugar à pichação. Esta prática que consiste em retratar a vida por meio de letras estilizadas é considerada crime pela Constituição Federal por diversos fatores sociais. A maioria dos praticantes de pichações são jovens oriundos da periferia. Logo, são malvistos pela sociedade devido a seu estereótipo ‘’criminoso’’. Devido a isso, muitos reúnem-se em diferentes grupos e deixam suas marcas espalhadas pelas cidades a fim de obterem reconhecimento. E, por serem caracteres ou frases diferentes, não são compreendidos. Contudo, de acordo com o pesquisador de Antropologia Urbana da UNIFESP, Alexandre Barbosa Pereira, essas pichações têm a função de transmitir uma ideia. Uma expressão do jovem periférico. Assim como nas pinturas rupestres do passado. Outrossim, deve-se destacar o dano ao patrimônio público e a propriedade privada. Muitos monumentos históricos foram perdidos por conta da pichação e, nestes casos, torna-se crime mediante a Constituição brasileira, tendo pena de seis meses a um ano de detenção. Todavia, sabemos que a fiscalização nestas situações é fraca, não havendo controle por parte do Estado ou do proprietário do estabelecimento. É comum, sobretudo nas grandes cidades, haver prédios de inúmeros andares cobertos pelas pichações, arriscando a vida dos praticantes e denegrindo a propriedade particular. Conclui-se, portanto, que a pichação pode ser considerada uma arte, porém, tem seus problemas que impedem a manifestação pacífica. A fim de atenuar a questão quanto ao dano de patrimônio privado, a prefeitura das cidades locais deve estabelecer um maior controle de segurança, instalando câmeras e outros meios de proteção. Porém, para não se tornar uma arte obsoleta, a administração pública em conjunção com ONGs, deveriam, com conscientização do proprietário, disponibilizar espaços em branco para estes jovens manifestarem as suas ideias sem a opressão dos demais.