A jornada de trabalho muda seus padrões de acordo com o cenário social e necessidades vigentes. No Brasil, a Constituição de 1988 reduziu a jornada de 48 para 44 horas semanais - redução que é via de regra no períodio atual, apesar das iniciativas por parte da indústria e do governo que sugerem o aumento e flexibilização de horas. O custo da hora trabalhada no Brasil é de U$1,12, cerca de 5 vezes menor do que países como EUA ou Japão, tornando o Brasil um vantajoso destino para multinacionais. Nesse sentido, o aumento da renda do trabalhador o deixa subordinado ao aumento das horas de trabalho, contribuindo para a concentração do capital. Também deve se levar em consideração a ameaça do crescente desemprego, o que torna o emrpegado mais suscetível a tais condições. Em termos de produtividade, sendo a tendência mundial a redução das horas de trabalho, é notável que, em geral, países que possuem os maiores PIBs também estão entre os de menor carga horária trabalhada, a exemplo da Alemanha. Em contrapartida, países de maior carga horária possuem menor lucro, a exemplo do México. Sendo assim, uma readaptação mais adequada da legislação trabalhista seria o aumento do custo por hora trabalhada junto a garantia de emprego e liberdade sindical, por parte do Ministério do Trabalho e da Casa Civil, aumentando o poder de compra das classes médias e baixas. Também é importante a redução da jornada semanal para aumento da produtividade. Dessa forma, a redução da jornada de trabalho será positiva para a economia do país e bem-estar social, além do aumento do patamar salarial, incentivando o circuito crédito-compra e diminuindo a polarização do capital.