Recentemente, no Brasil, entrou em pauta o projeto de lei que visa a alteração da CLT (consolidação das leis trabalhistas) com a finalidade de aumentar a produtividade da economia e reduzir os custos dos empresários. A proposta inclui o aumento do período de trabalho. Contudo, os defensores dessa reforma esquecem dos sérios danos para as bases sociais que essa mudança trará, o qual acarreta prejuízos para a saúde, bem-estar, entre outros. A legislação trabalhista é uma das maiores conquistas para a sociedade. Durante a Revolução Industrial, os trabalhadores eram submetidos a jornadas extensas e eram veementemente explorados. Apesar do crescimento econômico, a miséria se perpetuava no mundo. Os baixos salários e a carga horária longa garante os lucros de empresas, em detrimento da grande maioria proletária. Karl Marx, sociólogo e economista alemão, denomina esse fenômeno como mais-valia. Seguindo essa linha de raciocínio, com o bem-estar prejudicado, toda a sociedade é afetada de forma nociva, em que a família perde espaço, o qual contribui para a violência, visto que a assistência familiar é impreterível para a boa formação dos indivíduos,. Além disso, torna-se árduo o processo de conciliação entre escola e trabalho para aqueles que frequentam faculdade. As pessoas, ainda, ficam propensas a diversas doenças, devido à imunidade comprometida pela exaustão. Fica claro, portanto, que a tranquilidade e comodidade no serviço são imprescindíveis. Nesse sentido, a nova medida é um retrocesso nas conquistas sociais do trabalho. Destarte, a população deve organizar manifestações a fim de coibir que tal proposta seja implementada. As ONGs e os meios de comunicação ajudariam nesse processo divulgando e fomentando o engajamento; desse modo, garantir expedientes justos que não violem o princípio da dignidade da pessoa humana, garantido pela constituição federal brasileira.