O trabalho orienta diversos aspectos nas relações humanas. Dessa forma, a mão - de- obra servil, amplamente utilizada na economia feudal, foi convertida em assalariada com o declinio do feudalismo, no século XV. A partir da primeira fase da Revolução Industrial Inglesa (1760-1860), a vida do trabalhador passou a girar em torno das necessidades capitalistas. Nesse sentido, tarefas corriqueiras como: dormir, acordar e comer, por exemplo, passaram a ser governadas pelos relógios de ponto das indústrias. De acordo com o Positivismo, movimento literario preconizado pelo escritor Augusto Comte no século XIX, o trabalhador é dignificado, pela dedicação dele, ao laboro. Nessa perspectiva, maior tempo dispensado à linha de produção propicia melhor ganho mensal. Desse modo, não apenas o empresario obtém lucro, uma vez que, o percentual de mercadoria produzida aumenta, mas também o funcionario, que com mais dinheiro no bolso, pode adquirir automóveis, casas e acesso à educação. As disparidades através da crença positivista seriam, dessa maneira, diminuídas e a felicidade impulsionada. No entanto, Karl Marx, filósofo alemão, em sua obra “O Capital” procurou evidenciar o aspecto negativo da acumulação capitalista. Para ele, o proletariado incapaz de produzir, enxerga na venda da própria força motriz, o único meio de sobrevivencia. Nessa condição, a busca do sustento familiar induz os trabalhadores às jornadas de longa duração, não raramente desagradáveis, tornando-os infelizes. No inicio da industrialização, os operários trabalhavam em média de 16 horas diárias, quase ininterruptas. Recentemente, Robson Andrade, presidente do Conselho Nacional da Indústria, sugeriu à elevação da carga trabalhista de 44 para 80 horas semanais. Segundo a concepção marxista, o tempo sobressalente do empregado voltado à produção serve apenas ao conceito da mais valia, ou seja, o enriquecimento do patrão. Dessa maneira, a concentração de riqueza representa o prefacio da miseria, algo que fica evidente nos índices escolares, bem como nas habitações degradantes de grande parte da população brasileira. Embora, a vida do serviçal tenha melhorado: os ideais pregados pela crença de Comte não foram satisfatoriamente alcançados. O homem, portanto, necessita trabalhar pela evolução individual e coletiva. Contudo, ele precisa ser protegido da exploração física, moral e social. Assim, a acumulação monetaria não deve subjugar à dignidade humana. Logo, na tentativa de melhorar o convivio entre empregadores e empregados, o Governo Federal, poderia reduzir os tributos às empresas possuidoras de programas relacionados à qualificação profissional e valorização salarial, tendo em vista à elevação do moral na classe operaria, em consonancia à elaboração de políticas direcionadas à desconcentração da renda. Ao Ministério do Trabalho compete fiscalizar e coibir abusos contra os colaboradores que ocupam postos nas fábricas, comércios, lavouras e demais atividades. Vale ressaltar ainda, a importância do Congresso Nacional à garantia da preservação dos direitos conquistados constitucionalmente.