Desde os processos denominados “Revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercados, em detrimento dos valores humanos essenciais. Condições de trabalho precárias, salários minimizados, carga horária de trabalho abusiva, tudo isso vem fazendo parte do cotidiano de muitos trabalhadores e operários do nosso país. Nessa perspectiva, faz-se necessário analisar os impactos de tais condições, que poderão colocar em risco o atual cenário político-social do país. É importante pontuar, de início, que, a partir da mecanização da produção, o estimulo ao consumo tornou-se um fator primordial para a manutenção do sistema capitalista. Tal mecanização, no entanto, fez com que o ritmo de produção fosse comandada pela demanda das máquinas, sem analisar as condições de trabalho de cada operário, tornando as atividades de trabalho cansativas e, em muitos casos, desumanas. No entanto, assim como é mostrado no filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, a exploração trabalhista acaba prejudicando o desenvolvimento social e psicológico de muitos trabalhadores, que acabam ficando alienados a esse trabalho, diante do cenário social e econômico que o país passa e, ainda, por causa dos abusos de caráter autoritário que muitos patrões ainda exercem sobre esses. É fundamental pontuar, ainda, que, embora os direitos trabalhistas sejam mais eficazes, com jornada de trabalho definida, férias remuneradas, entre outros, a exploração ainda está presente nas relações empregatícias. Essa aparece disfarçada em horas extras não pagas, na falsa relação familiar entre empregada e patrão, na conexão incessante com o trabalho, no “quebra-galho” para o chefe. No entanto, por causa da falta de fiscalização e monitoramento governamental, tais práticas ainda estão impregnadas nas relações sociais do nosso dia a dia, caracterizado assim, o que o filosofo alemão, Karl Marx afirmou, o governo do Estado moderno é apenas um comitê para gerir os negócios comuns de toda a burguesia. Portanto, é notório que o cenário do trabalhador, desde sempre, é problemático. Para tanto, é imprescindível ações de cunho governamental, garantindo e ampliando os direitos e benefícios dos trabalhadores, assim como deve, fiscalizar o cumprimento desses direitos nas demais empresas públicas e privadas, de modo a desenvolver melhores estruturas de trabalho. Por fim, cabe aos órgãos públicos, como o TST, e aos privados, o cuidado e segurança com a saúde física e mental do empregado, oferecendo acompanhamento médico e psicológico, dando o primeiro passo para a solução desse problema, que segundo Oscar Wilde, o primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação.