É fato que, atualmente, o Brasil possui uma das mais completas legislações trabalhistas do mundo. A atual legislação brasileira prevê, no máximo, 44 horas de trabalho semanais. Entretanto, empresas discutem junto ao poder legislativo a possibilidade de se flexibilizar a jornada de trabalho no país, aumentando assim a carga horária semanal máxima dos brasileiros. Portanto, a sociedade civil deve se mobilizar, a fim de impedir tal mudança, pois a mesma é prejudicial aos trabalhadores. Getúlio Vargas, o pai dos pobres, promoveu, da década de 1930, uma série de reformas trabalhistas que entrariam para a história. Uma das conquistas foi a CLT(Consolidação das leis trabalhistas), um conjunto de leis que regulamentariam, a partir dali o trabalho no Brasil. Hoje, tais conquistas estão em xeque, devido a pressão exercida por industriários para a flexibilização das leis trabalhistas brasileiras. A carga de trabalho máxima no Brasil já é considerada alta, se comparada a alguns países desenvolvidos, como, por exemplo, a França, onde tal carga é de 35 horas semanais. ´´Progredir é conservar, porém melhorando´´, Assim dizia Augusto Comte, filósofo positivista. Tal frase se aplica a atual legislação trabalhista brasileira. Um aumento na carga de trabalho dos brasileiros teria como consequência, à longo prazo, uma piora na qualidade de vida dos cidadãos, pois esses ficariam mais cansados, estressados e infelizes. Uma manutenção da carga de trabalho máxima dos brasileiros é a melhor solução para a questão da jornada de trabalho no Brasil. Porém, se os empresários desejam, ainda assim, um maior número de horas trabalhadas; eles devem seguir a constituição federal, e pagar horas extras aos trabalhadores que desejam trabalhar mais. A sociedade civil deve, o mais breve possível, organizar manifestações, a fim de mostrar ao Estado e aos empresários que não querem uma maior carga de trabalho, que trará prejuízo para todos.