Com a atual crise econômica que atinge o Brasil muito se debate sobre soluções para superá-la. Com isso surgiu o debate sobre o aumento da jornada de trabalho. Sob uma perspectiva reducionista, aumentar- se o tempo em que o funcionário produz bens de consumo, aumentaria a produção e, consequentemente, as vendas, diminuindo os efeitos da crise. Contudo, tal medida prova-se ineficaz se analisada profundamente. Deve-se observar que a maior parte dos trabalhadores vivem em áreas periféricas e, portanto, gastam duas ou mais horas do seu dia se locomovendo até seu trabalho. Aumentando-se sua jornada de trabalho, o dia desse trabalhador se resumirá em: dormir, se deslocar ao trabalho, trabalhar, voltar para casa e dormir. Desse modo ele não terá tempo para consumir mais do que o estritamente necessário, majoritariamente os produtos da cesta básico e o aluguel. Assim, a moeda não circula e a economia fica estagnada, piorando a crise econômica. Pode-se ressaltar que uma jornada de trabalho que exceda oito horas diárias sobrecarrega o trabalhador, fazendo seu rendimento e foco caírem. Por conseguinte a produção não aumenta tanto quanto se julga, além de que esse estresse aumenta as chances de desenvolvimento de algumas doenças como a insônia, depressão, problemas cardiovasculares e azia, e o longo tempo trabalhando pode gerar lesões por movimentos repetitivos. O aumento da jornada de trabalho acarretará em diminuição da circulação de dinheiro na economia, agravamento da crise e aumento dos gastos públicos com saúde. Visto tantos malefícios, os sindicatos de trabalhadores deveriam criar uma companha nacional, com distribuição de panfletos, esclarecendo para a população os problemas de tal medida, e assim diminuindo as corrente pró aumento da jornada de trabalho.