Com a atual proposta de aumentar a carga diária para 12 horas, o Brasil apresenta uma repercussão imensa sobre qual a jornada ideal. Com embasamento filosófico, exemplos e apoio do sindicato, a maior parte da população não apoia o aumento da carga horária. Entretanto, ainda restam discussões acerca do tema. Para o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o qual usa a França como exemplo, já que essa, em casos especiais, permite flexibilização da carga horária, o aumento da jornada seria para superar a crise. Com o mesmo pensamento, empresários acreditam que aumentaria a produção e o lucro proporcionalmente ao tempo de trabalho. Contudo, além de um grande retrocesso, aumentar a carga seria inconstitucional, já que a constituição de 1988 permite apenas 44 horas semanais. Em contrapartida, a redução traria grandes benefícios tanto para o proletariado, quanto para os donos dos meio de produção. Um exemplo de país que implementou a redução e teve como resultado ganhos, é a Suécia, a qual implementou uma jornada diária de apenas 6 horas, o que aumentou a produtividade, diminuiu as faltas e os problemas de saúde dos funcionários. Porém, essa ideia de cuidar do bem estar dos funcionários vem desde o século XIX, com os filósofos Friedrich Engels e Robert Owen, este diminuiu a carga horária nos trabalhadores da indústria têxtil de 14/16 para, aproximadamente, 10 horas por dia, e por conseguinte aumentou sua produção. Ademais, reduzir o tempo de trabalho, aumentaria a oferta de empregos sem aumentar mais de 2%, segundo pesquisa, os gastos com novos funcionários, já os lucros seriam maiores, porque a produtividade seria maior e haveria mais pessoas com poder de compra. Concluí-se que a redução traz consigo benefícios múltiplos, tanto para o funcionário, o qual passa ter mais qualidade de vida, quanto para os empresários, que passam a ter mais produtividade e, consequentemente, maior lucro.