Charle Chaplin, em Tempos Modernos, expõe a degradação sofrida pelos trabalhadores no início do século XX. No Brasil a consolidação dos direitos trabalhistas com a constituição de 1988 garantiram melhores condições a essas pessoas. Entretanto, o governo propôs este ano o aumento de 4 horas a mais na jornada de trabalho, o que vai contra o aumento da produção pelo melhoramento tecnológico e pode afetar a saúde dos funcionários. Segundo Marx Weber, o trabalho dignifica o homem. E essa dignidade se dá não pelo trabalho compulsório, mas sim que o desenvolva e especialize. Desde a Terceira Revolução Industrial, o investimento em tecnologia e qualificação tem o foco para aumentar e melhorar a produção. Isso mostra que o aumento de carga horária não cabe mais como justificativa para mais rendimento. Os Estados Unidos, que possui mais especialização, tem um tempo de 38 horas semanais de trabalho e produz mais que os brasileiros com 44 horas de dedicação. Além disso, a atual jornada do Brasil muitas vezes extenuante já ultrapassa a oficial e traz problemas aos empregados. Com o problema da mobilidade urbana nos grandes centros dedica-se mais que as 8 horas diárias regulamentadas. Em São Paulo ,por exemplo ,podem ser gastas até 3 horas da fábrica até em casa. Com a nova proposta , de 12 horas, isso significaria quase o dia todo pelo trabalho. Desse modo, o afastamento familiar, o estresse e problemas com sono podem podem comprometer a saúde física e mental, reduzindo ainda mais sua produtividade, tirando a efetividade da nova lei. Portanto, medidas devem ser tomadas para evitar a efetivação desse projeto. É preciso que sindicatos mobilizem seus líderes, que esses convoquem uma greve geral e ocupação das fábricas até que a proposta seja descartada. Também é necessário que as empresas aumentem sua produção por meio de novas tecnologias, investindo em pesquisa e cursos para qualificação dos trabalhadores, dentro e fora do local de trabalho. Para que não se volte a situação deplorável do início do século passado.