Ao se pensar a respeito do aumento da jornada de trabalho no Brasil, é possível afirmar que à duas perspectivas para se atentar, a da produção e do bem estar do trabalhador. Isso aponta para a necessidade de uma minuciosa negociação entre empregados e empregadores. O primeiro fator que deve ser analisado em relação à situação em questão é a ótica dos empresários, cuja intenção principal se da na flexibilização do limite estipulado na Constituição Federal. Entende-se, com isso, que com o aumento na carga horaria trabalhada, haveria também um aumento na produção e consequentemente no lucro da sua empresa transformando-o no principal beneficiado. O segundo fator importante para reflexão está sob a visão dos trabalhadores, atentando-se que além de um enorme retrocesso, tal mudança não seria recebida com tamanho entusiasmo, havendo um descontentamento de toda classe que trabalharia mais e em contrapartida não receberiam mais por isso. Pode-se verificar um exemplo disso em locais que não se respeita a jornada estipulada para a classe trabalhadora, onde encontra-se pessoas cansadas, desmotivadas por não haver uma contrapartida (financeira e motivacional) do seu local de trabalho. Assim, a necessidade apontada inicialmente se mostra ainda mais premente, em virtude de que a intenção de aumentar a carga horaria dos trabalhadores levaria ao resultado oposto do preterido pelos empresários. Deve-se haver uma constante no crescimento para com os direitos dos trabalhadores, onde um aumento de horas trabalhadas, sem o aval da classe, só traria o retrocesso para ambas as partes.